Conheça os diferentes Tipos de Depressão

Descubra quais são os tipos de depressão que existem.

Infelizmente, a Depressão ainda é muito estigmatizada pela nossa sociedade. Se por um lado, para algumas pessoas, é como se ela não existisse, para outras, procurar a ajuda de um psicólogo pode ainda visto como algo negativo. Felizmente, conforme os anos vão passando, a sociedade vai evoluindo e a consciência sobre o que é a depressão vai aumentando.

Sabia que existem vários tipos de depressão, e a mesma pode afetar as pessoas de forma diferente?

Todos nós somos diferentes, cada um com as suas particularidades, e claro, as doenças também se manifestam no nosso corpo de forma diferente. Já para não falar que também as crianças e adolescentes podem sofrer de depressão.

Fique a conhecer os diferentes tipos de depressão, e qual o melhor momento para pedir ajuda.

O que é a depressão?

O cérebro humano é dos órgãos complexos, e ainda nos falta saber muito sobre como funciona. Por isso mesmo, o nosso conhecimento sobre a depressão é ainda limitado.

Contudo, sabemos que uma das principais características da depressão é a tristeza profunda e sentimentos de falta de esperança no futuro. É também associada a sentimentos de amargura, baixa auto-estima, culpa, desinteressa por algo que se gosta de fazer e também inclui distúrbios de sono e alimentação desequilibrada.

É muito importante conseguirmos diferenciar a tristeza patológica (provocada por uma doença como a depressão) e a tristeza transitória (aquela que todos nós sentimos esporadicamente, e que rapidamente ultrapassamos).

É normal de vez em quando ficarmos tristes. O que não é normal, é nos sentirmos tristes o dia inteiro, mesmo que algo de bom aconteça.

Quando a pessoa não sofre de depressão, ela fica triste por um período, mas consegue superar as adversidades e a dor. Já numa pessoa com depressão, essa tristeza é contínua.

A depressão é, então, um transtorno incapacitante, que afecta milhões de pessoas à volta do mundo, e os quadros de depressão variam em termos de intensidade e duração, podendo ser leves, moderados ou graves.

Quais são os principais sintomas da depressão?

  • Alteração de peso (perda ou ganho);
  • Distúrbios de sono (insónia ou sono excessivo);
  • Fadiga e perda de energia;
  • Sentimento de culpa constante;
  • Inquietação;
  • Dificuldade para se concentrar;
  • Alteração na libido;
  • Baixa auto-estima;
  • Dores de cabeça, no corpo e problemas digestivos;
  • Falta de motivação;
  • Tendência a ficar doente com mais facilidade, devido à imunidade baixa.

Claro que, de pessoa para pessoa, os sintomas podem variar, uma vez que cada pessoa é diferente. E relembrando também, só um psicólogo, ou um psiquiatra, é que pode fazer um diagnóstico adequado.

Quais são os tipos de depressão?

Distimia (transtorno depressivo persistente)

A distimia é uma depressão crónica, caracterizada pela irritabilidade, mau humor e pensamentos negativos. Este tipo de depressão, é semelhante à depressão comum, contudo, é comum que a pessoa se sinta irritada, reclame constantemente, e só consiga ver o lado negativo de tudo. Geralmente, as pessoas acham que estes sintomas são características da personalidade da pessoa, fazendo com que não procure tratamento.

Depressão pós-parto (ou perinatal)

É comum, uma boa parte das mulheres sentirem tristeza pós-parto. Normalmente as mães, não sabem explicar o motivo dessa tristeza. Se a mesma desaparecer depois de uns dias, não existem motivos para se preocupar. Caso a mesma continue, o melhor mesmo é procurar ajuda.

É importante realçar que a tristeza pós-parto é praticamente fisiológica, e que entre 50% a 80% das mulheres apresentam um quadro de tristeza após o terceiro dia do parto.

No caso da depressão pós-parto, esta tristeza vai-se tornando mais intensa ao longo das semanas. E a mãe deixa de ter disposição para fazer as suas tarefas, até mesmo as mais simples, deixa de conseguir ter uma rotina e perde até mesmo o interesse pela vida.

Depressão psicótica

Entre todos os tipos de depressão, esta talvez seja a das mais graves. Para além dos sintomas depressivos, é caracterizada por sintomas psicóticos, como alucinações e delírios. Assim, a pessoa pode ouvir vozes e acreditar que está a ser manipulada, ameaçada ou perseguida.

Transtornos afectivos sazonal (TAS)

Quem mora em lugares onde o inverno é mais rigoroso, poderá sofrer deste tipo de transtorno. Pois, ao longo do ano, conforme as estações do ano vão passando, o nosso humor acaba por ir mudando com as mesmas.

Pessoas afetadas por estes transtornos, acabam por sentir sono em excesso, tristeza, dificuldade de concentração e aumento do apetite. Também é importante lembrar que pode ocorrer em fases com excesso de luz natural, como o verão.

Transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM)

Provavelmente já deve ter ouvido falar da TPM (transtorno pré-menstrual), que atinge uma boa parte das mulheres, dias antes de menstruar. Entre os principais sintomas estão:

  • Mudanças de humor;
  • Sentimentos repentinos de raiva;
  • Tristeza;
  • Cansaço excessivo;
  • Ansiedade.

O TDPM, por sua vez, é uma condição com sintomas parecidos. No entanto, são um pouco mais severos que o normal. São capazes de levar à incapacitação temporária, e podem até afectar os relacionamentos e o trabalho.

Outros sintomas podem ser também o mau-humor extremo, alta irritabilidade, ansiedade em níveis graves e instabilidade emocional.

Cerca de 2% a 10% das mulheres são diagnosticadas com o transtorno disfórico pré-menstrual, que em alguns casos poderá evoluir para crises de ansiedade ou depressão. Os motivos pela qual isto acontece a algumas mulheres ainda são desconhecidos, mas, as alterações hormonais da menstruação impactam bastantes mulheres.

Transtorno disruptivo de desregulação do humor

O transtorno disruptivo de desregulação do humor é caracterizado por uma irritação crónica grave. As pessoas afetadas por este transtorno têm explosões frequentes de raiva, que podem ser caracterizadas por violência verbal ou física. A questão, é que as explosões costumam ter uma intensidade desproporcional, normalmente marcadas por impulsividade e duram algum tempo.

É importante referir que o transtorno acontece quando essas explosões ocorrem várias vezes ao longo de uma semana, e em que o humor da pessoa é marcado pela irritabilidade ao longo do dia.

Quais são as principais causas da depressão?

Um transtorno psicológico pode ter várias causas. No entanto, existem alguns sintomas mais comuns, que são capazes de desencadear um quadro de depressão.

É provado que a predisposição genética pode facilitar o desenvolvimento deste transtorno. Ter familiares próximo com diagnóstico confirmado, não significa que necessariamente todos os parentes podem desenvolver a mesma doença.

A depressão pode ser provocada por uma disfunção química do cérebro. Mas é importante realçar que cada pessoa reage de forma diferente a cada gatilho mental, e a cada crise.

Alguns exemplos de causas que poderão estar por detrás de um quadro de depressão:

  • Perda de um ente querido;
  • Término de relacionamento;
  • Perda de emprego;
  • Acontecimentos traumáticos na infância;
  • Stress físico e psicológico;
  • Consumo de drogas lícitas e ilícitas:
  • Disfunções hormonais e problemas na tireóide;

É importante realçar que nem todas as pessoas com um quadro depressivo está triste, poderá ter outros sintomas sem ser tristeza.

A depressão tem cura?

Agora que já conhece um pouco mais sobre este tema, e os tipos de depressão que existem, vamos falar sobre o tratamento.

É importante ter em mente que se trata de uma doença, tal como diabetes, leucemia, hepatite, entre outras. E que a depressão não é de forma alguma preguiça, nem loucura, nem nada disso. Ela pode afetar pessoas de qualquer idade, desde crianças, adolescentes, adultos e idosos.

O acompanhamento de profissionais especializados, como psicólogos e psiquiatras é muito importante durante todo o processo. O tratamento varia conforme o quadro clínico de cada
paciente. Os mais comuns são:

  • Medicamentos (psicofármacos);
  • Psicoterapia;
  • Tratamentos alternativos.

Sendo que a depressão pode ter uma causa química no cérebro, em alguns casos pode ser necessário o uso de medicação. Juntamente com psicoterapia, os medicamentos são capazes de normalizar as alterações do cérebro do paciente e assim amenizar os sintomas.

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